domingo, 3 de junho de 2007

Nós

O que sobrou de nós?
O que restou dos nós que fizemos?

Nenhuma dor, nenhum grito, nem pegadas...
Um resumo sem ressentimentos.


Compartilhamos o silêncio e as entrelinhas.
Os laços no vazio me acostumam e me consolam...
Consolar de quê? Nem houve soluço...


O silêncio é uma fuga?
Fuga por um caminho errado de onde não se pode partir sem mapa.


No jogo do silêncio, ficamos sem voz, sem olhar, sem sentir, sem ser...
Concordamos apenas com a falta de nós mesmos.

Você troca mensagens para eu decifrar,
Distribui sorrisos que são meus,
Mas eu estou longe e entendo que esteja tudo bem.


Eu te resignifico e me reapresento.
Eu desamarro os laços e não danço.
E te esqueço só para mais tarde lembrar-me de ti assim sem querer querendo...

Um comentário:

Fabianny de Alencar disse...

linda essa poesia Ju! (: já tem um monte tua que eu acho perfeitas! tá bom de editar e fazer um livro =D
bju:****